Número total de visualizações de páginas

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

BANDA DA CARREGUEIRA, UM TRIBUTO À MÚSICA





"A Rosinha dos Limões"

Em 1928, um grupo de homens da Carregueira que tinha por hábito dançar, tocar realejo e gaita de beiços, fazendo animação nas eiras e nos largos públicos, imaginou ser possível ir mais longe na música e criar uma Banda.
Durante cerca de 2 anos dedicaram-se à aprendizagem, conseguiram adquirir alguns instrumentos, e sob a orientação de um maestro começaram a tocar trechos musicais.
Foi assim que no dia 30/05/1930 (Quinta-feira de Ascensão) se concretizou a formação da Banda da Sociedade de Instrução e Recreio Carregueirense “VICTÓRIA” e ocorreu a sua primeira actuação pública no Largo da Corticeira, na Carregueira
No início a Banda tinha uma farda branca, indumentária que entretanto viria a sofrer várias alterações. Vestiu o tom cinzento, depois azul escuro e desde há alguns anos o bordeaux no casaco e o cinzento nas calças.
Ao longo da sua existência a Banda tem participado em diversos eventos no concelho, nomeadamente em organizações da Junta de Freguesia local e da Câmara Municipal da Chamusca, com destaque para a Semana da Ascensão e outras datas marcantes como o 25 de Abril ou o 5 de Outubro, tendo sido igualmente muito requisitada para actuar em  todo o país em corridas de touros, festividades, concertos e espectáculos musicais.
         Destas suas actuações a nível nacional são de referenciar, em Setembro de 1998,  a convite da Direccção do Sport Lisboa e Benfica, a sua participação no concurso de bandas realizado no Estádio da Luz e  em Agosto de 1999, através de um intercâmbio com a Banda Filarmónica Liberdade do Cais do Pico, a sua deslocação aos Açores, onde realizou várias actuações nas Ilhas do Faial e do Pico.
         Mas a qualidade musical da Banda extravasou mesmo as fronteiras nacionais, quando no ano de 1997 foi convidada para estar presente  nas Comemorações do Dia Nacional de França (14 de Julho), tendo, naquele país, actuado nas cidades de Paris e Nevers onde colheu excelentes críticas do público e da imprensa.
Em Janeiro de 1998, a Banda passou por um processo de integração na  Associação para o Desenvolvimento Sócio-Cultural e Desportivo Victória, Unidos (AVUCA), uma aspiração antiga que movia os carregueirenses para congregar todas as colectividades da sua localidade numa única. Integraram igualmente essa Associação: a Sociedade Musical  “Os Unidos", Rancho Folclórico “Os Camponeses” e Associação de Jovens “Nova Era”. Contudo, este projecto associativo não deu resultado e, em 2004, a Banda teve que constituir uma Comissão Administrativa para poder continuar a sua actividade, dado ser necessário assinar protocolos, contratos, documentos  e outros assuntos burocráticos, o que ainda assim não evitou que tivesse passado por momentos muito difíceis, com o processo de insolvência da AVUCA, tendo os seus instrumentos sido vendidos em leilão que decorreu no Hotel dos Templários, em Tomar, em Agosto de 2010.
Como os instrumentos nunca chegaram a sair das suas instalações, os membros da direcção, o maestro e os músicos, determinados a que a Banda não “fechasse as portas”, uniram-se em torno desta causa e com os apoios da população da Carregueira, da Junta de Freguesia local e da Câmara Municipal da Chamusca, conseguiram reunir o dinheiro necessário para voltar a adquirir a maioria dos seus instrumentos e continuarem a executar o seu excelente percurso musical a solo.
Mas este valoroso desempenho não se esgota com as suas actuações. A Banda, através da sua escola de música, tem tido também uma grande intervenção no ensino musical, que se estendeu ao próprio parque escolar, tendo mantido desde o ano lectivo de 1998/1999 até ao de 2002/2003, um protocolo com a Telescola da Carregueira, com a cedência de um monitor para apoio à escola de música daquele estabelecimento. Colaboração que só cessou devido ao encerramento da Telescola.
         A escola de música manteve também, em  1999, um protocolo com a Associação dos Bombeiros Voluntários Chamusquenses para a formação musical de jovens na Vila da Chamusca.
         Pode afirmar-se que a formação de crianças e jovens foi sempre uma das maiores prioridades da Banda, mantendo uma escola de música sempre activa, que já deu formação a várias centenas de músicos. Muitos deles não só têm vindo a ingressar na Filarmónica, como fazem parte das principais Bandas das Forças Armada e da GNR , ou frequentam cursos superiores de música.
         Actualmente a  Escola de Música da Banda é frequentada por 45 alunos, com o facto extraordinário de 6 deles terem apenas idades compreendidas entre os 4 e os 6 anos e outros 21 serem também crianças e adolescentes com idades até aos 15 anos.
         No momento presente, para além das 27 crianças e jovens  que frequentam a sua Escola de Música, 10 delas já a actuar no elenco principal,  a Banda é formada por 46 músicos, que vêm desenvolvendo uma dinâmica e qualidade musical, que começa também já a ganhar expressão na organização de espectáculos, como “Portugal Ó-I-Ó-AI” e “Portugal Enamorado”, realizados em 2013, e que são uma garantia de um futuro feliz e de sucesso.
         Pelos seus 83 anos de perserverança, dedicação, estímulo e formação musical e pela sua grande intervenção sócio-cultural na formação de valores humanos, a Banda da Sociedade de Instrução e Recreio Carregueirense “VICTÓRIA” é uma Entidade que merece ser referenciada como um Património do concelho da Chamusca e de Portugal.


1930 - O maestro e todos os músicos fundadores da Banda.


1935 - Os elementos da Banda, já com a farda em tons cinzentos.


Outras fotos, ao correr do tempo. (Com um enorme agradecimento a João José Matias Bento, que fez a recolha das mesmas).


















  





Entrevistas:


Anabela da Luísa



Presidente da Direcção da Sociedade Filarmónica de Instrução e Recreio Carregueirense “VICTÓRIA”. É igualmente música na Banda, onde toca sax tenor.

Há quantos anos se encontra ligada à Banda e quais são as razões para esse empenho?

Foi em 1970, aos 10 anos de idade, que entrei para a escola da Banda. Nessa altura a política era não deixar entrar elementos femininos, mas com grande dedicação e força de vontade eu e outras três raparigas conseguimos entrar. Durante 8 anos toquei clarinete e depois passei para o sax-tenor, que é o instrumento que toco até hoje.



Esta minha colaboração com a Banda tornou-se ainda mais intensa em 2004, quando ainda estávamos integrados na AVUCA. Como aquela Associação já não estava a funcionar como devia e era necessário assinarmos contratos, documentos, protocolos e solicitar apoios, foi preciso formar uma Comissão Administrativa para gerir os destinos da Banda e eu fui a pessoa escolhida para a liderar. Comissão esta que, no entanto, só seria oficializada em 01/07/2007. Depois, em 2012 criou-se uma Direcção, que é composta por 15 elementos, da qual eu fui eleita presidente.
Toda esta minha ligação e empenho para com a Banda, tem a ver com o grande carinho, orgulho e paixão por esta Filarmónica.


Foi essa “paixão” que reuniu toda a sua família no elenco da Banda?

Como o meu marido também toca na Banda, esta faz parte do nosso dia-a-dia há muito tempo e tem um grande peso afectivo nas nossas vidas. Os nossos filhos nasceram e cresceram praticamente dentro da Banda e isto não podia deixar de os influenciar.
Somos uma família dentro da grande família que é a Banda. O meu marido, Armindo Luísa, toca trompete e quanto aos nossos filhos a Ana, clarinete; Ângela, sax auto e o Luís, percussão. Salientando ainda a particularidade dos três, ainda jovens, já fazerem também parte da direcção da Banda.




Quais são os principais objectivos que a Direcção tem para a Banda?

Os nossos objectivos passam pela compra de instrumentos e essencialmente por fazer uma remodelação da farda, que já está muito usada.
Gostávamos também de conseguir ter duas salas em condições para que, desse modo, a escola de formação musical possa funcionar melhor.
Os restantes objectivos são os de sempre: manter a Banda; ensaiar e tocar novas músicas; elevar os nossos conhecimentos a nível musical e levar os seus elementos a saber mais sobre música e a história do próprio instrumento que tocam.

Como é que tem sido possível divulgar e desenvolver o trabalho da Banda em tempos economicamente tão difíceis?

Isso só tem sido possível fazendo festas, rifas, celebrando protocolos, recebendo patrocínios e também com as ajudas da Junta de Freguesia local, da Câmara Municipal e da população. As pessoas da Carregueira nunca nos viraram as costas. Têm colaborado bastante connosco e têm sido muito generosas.
Os próprios músicos, que são amadores na Banda, para além da sua colaboração musical também se dedicam e trabalham nas nossas organizações e por vezes contribuem igualmente com algum dinheiro.
Só desta forma temos conseguido suportar as despesas com a manutenção dos instrumentos, consumíveis (palhetas, óleo), para além dos gastos com a  água, luz e conservação da sede.

Na sua opinião qual tem sido o contributo da banda para o desenvolvimento sócio-cultural da Carregueira e do concelho da Chamusca?

Tocamos na Semana da Ascensão, em dias comemorativos, como por exemplo o 25 de Abril,  em corridas de touros, em desfiles e procissões por todo o concelho, dando a conhecer não só  o nosso trabalho, como contribuindo com as nossas actuações para a actividade cultural do concelho.
No aspecto social o trabalho da nossa escola de música é muito importante, porque as crianças cada vez chegam em idades mais jovens e desenvolvem as suas capacidades mais cedo. Isto é bom para o futuro da Banda, mas é também uma forma de os proteger e ensinar, pois aqui estão a conviver uns com os outros, a aprender regras de comportamento e educação, quando sem esta actividade podiam andar por maus caminhos. Sendo de salientar que a aprendizagem e colaboração com a Banda lhes pode trazer um futuro profissional ligado à música, o que já acontece com alguns dos nossos elementos.

O que é que a Banda significa para si?

A Banda é uma parte de mim. Ela criou-me o gosto de aprender, mas significa também uma responsabilidade muito grande na minha vida. Permitiu-me conhecer outras terras, conviver com muitas pessoas e trocar conhecimentos. Sinto uma grande satisfação por fazer parte dela e muita auto-estima por nela ter alcançado vários objectivos a nível musical e directivo
A Banda é a minha segunda família e não sou capaz de viver sem ela.



"Portugal Enamorado", com Manuel João Ferreira, José Carlos Matias e Liliana Redol.

&&&&&


BRUNO PRAIA


, 32 anosMaestro da Banda. Licenciado em clarinete pela Escola Superior de Música de Lisboa (ESML). É músico profissional na Banda Sinfónica do Exército, onde toca clarinete.

Pode dizer-se que és um produto musical da Banda da Carregueira?

Claro que sim, pois  aos 15 anos de idade quando entrei para a Banda, por influência do meu pai,  não tinha muitas noções musicais e para dizer a verdade nem sentia um grande apelo pela música. No entanto, aos poucos, fui-me integrando no Grupo motivado com a aprendizagem e com o desenvolvimento que ia obtendo e foi aqui que acabei por me tornar músico. Foram 8 anos de uma ligação muito forte e que só foi interrompida  devido a motivos profissionais, pois com a minha entrada para a Banda da Força Aérea, onde tocava como profissional, e devido aos imensos serviços e concertos da mesma, não consegui conjugar o meu tempo para poder continuar também a tocar, de forma contínua e assídua, na  Banda da Carregueira.

Que motivações levaram o ex-aluno da Banda a regressar para ser o seu maestro?

Como a Banda havia ficado sem maestro, ficando a vaga em aberto, um núcleo duro de músicos veio pedir-me que concorresse também ao lugar para o qual já havia alguns candidatos. Apesar de ter pensado bastante no assunto acabei por não ser capaz de dizer que não a este pedido, até mesmo porque grande parte desses músicos são meus amigos e foram meus colegas como músicos, na altura em que lá estive. Foi assim que ingressei  de novo na Banda, desta vez como seu maestro, o que sucedeu em 17/11/2012 quando se realizou o primeiro ensaio sobre a minha orientação.
Gostaria de salientar que apesar de ser uma pessoa inexperiente nestas funções, como a qualidade dos músicos é muito boa e existe uma grande amizade e afectividade entre nós, a minha missão e integração tornou-se bem mais fácil.

Como descreverias o teu trabalho e o dos elementos da banda, durante o período da tua regência?

O trabalho tem sido árduo neste pouco tempo decorrido após a minha entrada. Houve muito sacrifício pessoal dos músicos. Alguns não tiveram férias, outros reduziram-nas para podermos ensaiar e não prejudicarem as diversas actividades que tínhamos agendadas.
 Esta nova era da Banda tem muito a ver com a postura e  a atitude dos músicos, a que se alia um novo repertório e diferentes produções musicais realizadas desde então. Tudo isto levou a um tremendo esforço por parte de todos nós, obrigando-nos a desenvolver uma enorme versatilidade artística. Esta nova imagem e sonoridade musical tem sido apresentada em Corridas de Touros, concertos, Encontros de Bandas, Festas, procissões e nos espectáculos que temos produzido.
Portanto, penso que temos trabalhado bem e fortalecido o nosso espírito de grupo.

Quais são as tuas expectativas a nível musical para a Banda?

As minhas expectativas passam, sobretudo, por consolidar a Banda. Torná-la mais forte e estável, criando-lhe uma identidade própria. Apostar fortemente no ensino (na Escola de Música), que será o futuro da Banda, e continuar a produzir espectáculos, sim, porque se as Bandas querem sobreviver têm que se adaptar e integrar socialmente, desempenhando um papel muito activo na música e na cultura.

Ultimamente têm tido muitas actuações. Pensas que a Banda pode, pela sua qualidade, vir a expandir-se ainda mais?

Devido à minha relação pessoal com os elementos da Banda abriu-se a perspectiva de um novo ciclo, com outro tipo de trabalhos musicais, que aliado ao bom nível dos músicos, permitiu que a Banda alcançasse uma maior expressão.
Só para se ter uma ideia da qualidade de músicos que compõem a Banda, posso referir alguns exemplos.  Pedro Gentil é profissional na Banda da Armada, Artur Serrandário na Banda da GNR, Sérgio Sobral e Sofia Cymbron na Banda do Exército, para além dos que estão a seguir estudos superiores:  Mathieu Branco a tirar a licenciatura em saxofone, Pedro Oliveira, licenciatura em Tuba e Tiago Passarinho a tirar licenciatura em Trompete.

O que é que a Banda significa para ti?

A Banda mudou-me a vida por completo. Quando se tem 15 anos chega-se a uma altura de decisões. Ao entrar naquela idade para a Banda, o próprio ambiente que ali se vivia  e a música despertaram-me o lado artístico.  Se até ali nunca pensara numa vida profissional ligada à área musical, a verdade é que a paixão pela música acabou por me dar tudo o que possuo hoje.
Relativamente ao aspecto humano, a Banda deu-me um forte espírito de amizade e de solidariedade e aqui fiz e continuo a fazer amigos para a vida.


"Se os teus olhos falassem" (Espectáculo "Portugal Enamorado") 

&&&&&

LUZIA ROCHA


Responsável pela escola de música da Banda. Licenciada, Mestre e Doutora em Musicologia, com especialização feita na Universidade de Innsbruck, na Áustria. É conferencista,  investigadora na Universidade Nova de Lisboa e professora na licenciatura em jazz e música moderna na Universidade Lusíada. Tem ainda publicado em dois volumes  a obra “Ópera & Caricatura o Teatro de S. Carlos na obra de Rafael Bordalo Pinheiro”.

Qual é a sua actividade na Banda?

Sou coordenadora da escola de música da Banda, onde lecciono formação musical. Os outros professores que coordeno são Tiago Neves (formação musical e metais); Bruno Praia (clarinete); Pedro Oliveira (metais); Micael Toioto (percussão); Ana Cristina da Luísa (estudo acompanhado de madeiras) e Luís Luísa (estudo acompanhado de percussão).

Quantos alunos frequentam a escola de música da Banda?

Temos entre 40 a 45 alunos de várias idades, devendo salientar-se a presença maioritária de crianças e adolescentes. Nesta escola estamos a dar formação a 21 alunos de idades entre os 7 e os 15 anos, existindo ainda um grupo de e 6 crianças com 4 a 6 anos de idade, o que me dá muita motivação e emoção por poder ajudá-los a crescer, contribuindo para a sua educação, formação musical e social.

É necessária alguma sensibilidade especial para ensinar música a crianças?

Penso que é necessária, sobretudo, uma especial atenção para se conseguir comunicar com as crianças. Com os mais pequenos tento fazer da escola um laboratório experimental, porque de acordo com Edwin Gordon, um teórico norte-americano, o grande potencial para aprendizagem musical  vai desde a gestação na gravidez até aos 9 anos de idade. Em Portugal este método já é aplicada há alguns anos pela musicóloga Helena Rodrigues, mas nunca foi utilizado nas Bandas.  As crianças começam a aprender aos 4 anos e aos 6 anos já solfejam. Há uma aprendizagem mais veloz, não só pela dedicação maior das crianças, mas também porque, está provado, a música na primeira infância potencia o desenvolvimento da coordenação motora e do raciocínio.
         Faço este ensino usando desenhos, cores, plasticina, peluches e jogos efectuados em instrumentos musicais pequeninos.

A que atribui a vinda de tantas crianças para frequentar a escola de música?

Penso que os pais passam a palavra porque vêm que há uma boa organização e as próprias crianças também fazem comentários entre si sobre o bom ambiente que se vive. Já há miúdos da Chamusca, da Barquinha, do Entroncamento e do Pinheiro Grande a vir até nós. A escola da Banda é muito importante porque a música é também uma forma de dar educação, de tornar por isso os seres humanos mais sensíveis e educados. Uma pessoa com uma boa formação cívica contribui para um mundo melhor.
Por outro lado, como já temos 10 jovens da escola a tocar na Banda, as nossas saídas para actuar noutras localidades também atraem as crianças e os jovens,  porque promovem o convívio e permitem fazer novos relacionamentos.
As pessoas começam também já a ter a perspectiva de que a aprendizagem e formação musical na escola da Banda, pode ser uma saída profissional.

É importante o trabalho das bandas no contexto musical do nosso país?

Penso que as Bandas Filarmónicas têm uma grande importância na música e na formação de músicos neste país, porque os custos dos instrumentos e das propinas são muito elevados. Um instrumento pode custar entre 300 a 5.000€ e as Bandas proporcionam a utilização de instrumentos e o ensino de uma forma gratuita.
Para frequentar a Escola da Banda da Carregueira, basta uma inscrição como associado e pagar mensalmente apenas 1€, para se poder aprender música e desenvolver aptidões. 
É com esta mentalidade e estrutura que se pode construir não só o futuro da nossa Banda, como contribuir para o desenvolvimento musical a nível nacional.

O seu trabalho tem-se estendido à criação de espectáculos apresentados pela Banda. Como é que lhe surgiu esta ideia?

Esta ideia de organizar espectáculos nasce da necessidade de interagir com a comunidade e fazer alguma coisa pela cultura do concelho da Chamusca, usando os talentos, as tradições locais e nacionais. Houve uma preocupação de reavivar memórias e valorizar artistas portugueses.
Tivemos um grande impacto com o “Portugal Ó-I-Ó-AI”, que apresentámos no Cine-Teatro da Chamusca, com lotação esgotada, e igualmente uma excelente receptividade com o espectáculo “Portugal Enamorado”, realizado no Equuospolis da Golegã, onde estiveram presentes umas largas centenas de pessoas.
Espero que se façam repetições desses espectáculos e na minha cabeça já germinam novas ideias para futuras realizações.

Como é que sente este seu envolvimento com a Banda?


          Sinto-me comovida pelo acolhimento que a Banda me tem dado. Apesar da forma séria e severa como desenvolvo o meu trabalho, as pessoas têm-me surpreendido pela dedicação e carinho que me prestam.



"A Menina da Rádio"
Banda da Carregueira e Bruno Pascoal tocando Bombardino (Espectáculo "Portugal Enamorado")

Carregueira, 22/12/2013


     Tive o privilégio de assistir, hoje, na pequena sala da Sociedade Instrução e Recreio Carregueirense "VICTÓRIA", a uma grande actuação da sua Banda.
    O seu Concerto de Natal foi um momento musical extraordinário, que tenho o imenso prazer de compartilhar nos vídeos que se seguem.


Lawrence of Arabia


Second Suite Holst

Do Re Mi

White Christmas


Christmas Fantasy



Hallelujah Chorus





João José Bento
Reviveram-se no último domingo as grandes enchentes da sociedade da Banda, como dizem as gentes da Carregueira, que trabalho fabuloso se vai fazendo desde os mais novos aos mais velhos, tarde bem passada num autentico hino à musica, onde se nota cada vez mais uma entrega total e apaixonada ao que estão a tocar. Uma só palavra Parabéns !!!



Anabela Luíza.
Os vídeos estão ótimos, muito obrigada em meu nome e em nome 
da direção pela divulgação dos mesmos, pois a divulgação de um trabalho desta natureza é uma enorme valia para a nossa Banda Filarmónica, para a Carregueira e para o concelho da Chamusca.
Mais uma vez um grande obrigada.


Bruno Moedas Praia comentou uma ligação que partilhaste.
Bruno escreveu: "Muito Obrigado Carlos pelo constante apoio e dedicação que nos tem
 dado, têm servido como forte estimulo para o nosso trabalho. Obrigado!!!"




A reportagem fotográfica e o texto sobre o Concerto de Natal, publicados na Revista "É Ribatejo".

Merecido destaque para uma Associação, uma Escola de Música e uma Banda de Grande Qualidade.



É com grande orgulho que exibo sempre o trabalho efectuado pela filarmónica onde comecei a emitir os primeiros sons.


Bruno Moedas PraiaUm artigo muito laudatório com texto de Carlos Santos Oliveira e fotografia de Victor Gago.

Outros comentários no facebook e no blogue sobre o trabalho divulgado nesta página:


  • Victor Moedas Olá gr AMIGO CARLOS SANTOS OLIVEIRA em primeiro lugar quero dar te os Parabens
     por mais este magnifico Trabalho que tu tens vindo a desenvolver na CHAMUSCA e seu CONCELHO o 
    que é maravilhoso para que as pessoas fiquem informadas e que também reconheçam o esforço do teu 
    trabalho que tens feito com muita dedicação Amor Arte e Sentimento Obrigado 
    GR BRAÇO CARLOS SANTOS OLIVEIRA

Julio Hipolito comentou uma ligação que partilhaste.
Julio escreveu: "noite fantastica de grande espectáculo para recordar ! parabéns aos autores e aos intérpretes !!!!" (Opinião sobre o espectáculo "Portugal Enamorado")


  • Susete Lima A sempre boa banda da Carregueira. Obrigada a todos aqueles passados e presentes
     que dedicaram e dedicam a sua vida a esta causa.


  • João José Bento Quando há oitenta e três anos atrás, um grupo de carregueirenses fundou a sua 
    Banda Filarmónica " Victória, nunca imaginaria, que passados todos estes anos, a menina bonita dos olhos
     da Carregueira, estaria bem viva e que ao alcance de um click, estaria a ser conhecida nos quatro cantos 
    do planeta Terra. A mostrar todo o seu potencial musical, com gente muito experiente, mas a revelar que 
    tem no seu seio uma juventude de uma sensibilidade artística fantástica, com o futuro assegurado. Aproveito
     este blogue para prestar o meu tributo, a todos os dirigentes e músicos que fizeram desta banda o que ela
     é atualmente. não me quero esquecer das gentes da Carregueira, que sempre apoiaram a sua Banda
     Filarmónica " Victória". Deixo para o fim !!! Quem teve a excelente ideia de colocar os Corações da Chamusca,
     a pulsar pelo mundo inteiro, cobrando apenas uma palavra Obrigado !!! Parabéns, Carlos Oliveira, por este
     excelente trabalho a imortalizar, A Banda, a Carregueira e a Chamusca. Muita força para outros Corações 
    da Chamusca, que já sinto a pulsar !!!
Um trabalho excelente, como músico da Banda da Carregueira agradeço
 imenso pela sua dedicação. Não só nos serve de estimulo, como também
faz chegar a quem não conhece, a nossa realidade. Mais uma vez,
OBRIGADO.
P.G.
2.             Anónimo10 de Outubro de 2013 às 00:38
Excelente trabalho por parte de todos os intervenientes....já são os longos
 anos que faço parte desta coletividade, desde elemento de direcção como
executante musical ....tenho bastante orgulho pertencer a esta familia musical...
tempos dificeis já passou a união foi fundamental, e o seu incentivo por parte
de todos os jovens que dela fazem parte também foi excelente...Gostei destas
 velhas fotos que me fez recordar velhos tempos, do inicio da minha
aprendizagem ....obrigado

3.           
  1. A Instituição já merecia estes trabalho. Obrigado por ter vontade de o fazer.
  1. 4.

  2. Sem duvida um exelente trabalho dedicado "á minha" nossa Banda. Fiquei de 
    véras imucionado por saber de alguem tão interesado em conhecer e divulgar 
    a realidade e o trabalho desta HUMILDE mas VALOROSA BANDA. Um grande 
    bem haja...
5.

              Ana Cristina Luísa

                Um trabalho para dar a conhecer e divulgar a Sociedade Filarmónica de Instrução e
 Recreio Carregueirense Victória.
     Agradeço a divulgação e o trabalho realizado.

6

             Ângela Luisa

             Obrigada pelo excelente trabalho que realizou. Foi nesta banda filarmónica que 
passei a maior parte da minha vida e espero, durante muitos anos, poder continuar a fazer 
parte da mesma. O facto de a integrar como membro da direção fez-me ver outras
 realidades que desconhecia ou simplesmente não me preocupava com elas. Mais 
uma vez obrigada e espero que possa desenvolver mais trabalhos a nível cultural, 
pois a freguesia da Carregueira é rica nesse âmbito, bem como o concelho da Chamusca. 


  1. Amigo Carlos não tenho como lhe agradecer a homenagem que nos presta!!! Muito obrigado pelo tributo que nos presta, tanto ao nosso rico e bonito passado assim como ao presente desta Instituição. Obrigado
    • Carlos Santos Oliveira Quando se sente, vê e escuta tanta Qualidade Musical e Humana e um Espírito Tão Forte de Grupo, não se pode ficar indiferente. SOU UM FÃ DA BANDA! PARABÉNS pelo teu trabalho e o de todos os elementos que constituem a Banda e o elenco Directivo. Posso afirmar,sem qualquer dúvida, que a Banda da Sociedade de Instrução e Recreio Carregueirense "VICTÓRIA" é, socialmente e culturalmente, um exemplo e uma referência do nosso Concelho. Por tudo isso só tenho a agradecer o privilégio que é poder trabalhar convosco e emocionar-me com a vossa EXTRAORDINÁRIA QUALIDADE! Abraço Bem Forte.