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segunda-feira, 26 de maio de 2014

SEMANA DA ASCENSÃO, A FESTA DA CHAMUSCA





Dedico este trabalho ao saudoso ALCINO SOUSA, um símbolo de dedicação à Chamusca e à Semana da Ascensão.


Muitas das filmagens que existem sobre o concelho da Chamusca, foram feitas com a sua inseparável máquina de filmar.


O DEBULHAR DA TRADIÇÃO





Ano de 1998 - Uma reportagem da RTP sobre a Semana da Ascensão.


QUINTA-FEIRA DE ASCENSÃO

Se recuarmos no passado uma centena de anos a Quinta-feira de Ascensão era referenciada como o dia de apanha da espiga, no qual uma parte da população se reunia em grupos e se deslocava ao campo para colher e compor um ramalhete, normalmente constituído por espigas de trigo (pão), papoilas (amor), um raminho de oliveira (azeite) e malmequeres (vida) que se guardava em casa, como um talismã, para dar sorte, saúde e afastar a penúria de alimentos, até se fazer nova apanha pela mesma época do ano seguinte.
Esta saída era igualmente uma ocasião para se levar uma merenda, ou farnel, saboreada no prazer de uma tarde, onde a alegria e o prazer do convívio se completavam com danças, cantares e bailaricos.
Na Chamusca o monte junto à capela do Sr. do Bonfim era o lugar de excelência, onde se reuniam as gentes para dar azo à comemoração deste dia.
Com a inauguração da Praça de Toiros, em 1919, a Quinta-feira de Ascensão passou igualmente a ter uma forte componente taurina, com a realização da corrida de toiros e algum tempo depois com a organização da entrada de toiros, em que os animais percorriam a Rua Direita de S. Pedro, a principal artéria da Vila, desde o Areal até ao Paio de Pele, onde se situa a Praça, ladeados por cabrestos e conduzidos por campinos que trajados a rigor, montados nos seus cavalos e munidos de varas, conduziam num tropel a manada até ao seu destino. Actualmente este é o acontecimento com maior tradição, mais aguardado e festejado pelas gentes que, ao milhares, se dispõem ao longo da Rua para assistir ao espectáculo da passagem dos animais, de entre os quais os bois bravos serão depois lidados na corrida de toiros realizada pela tarde.
Em tempos mais distantes a entrada de toiros chegou a ser efectuada na tarde da véspera da tourada e houve alguns anos em que não se realizou. Contudo, desde 1986 jamais deixou de se efectuar na manhã da Quinta-feira de Ascensão, dia da corrida de toiros.



De salientar neste processo de reavivar a tradicional entrada de toiros, a importância do Centro Cultural da Chamusca que durante alguns anos foi a Entidade que realizou o evento, até a Câmara Municipal assumir essa organização.



Neste júbilo de aficion taurina, a corrida de toiros que acontece pela tarde é igualmente um dos momentos mais tradicionais do dia. Pela Praça de Toiros, que comemora este ano 95 anos de existência, já passaram as figuras mais emblemáticas do toureio em Portugal e algumas de outras nacionalidades. Sendo de realçar no cartel destes espectáculos a participação habitual dos dois grupos de forcados da Vila: Grupo de Forcados Amadores da Chamusca e Grupo de Forcados do Aposento da Chamusca.
O gozo e o prazer destas tradições pôde ser sentido e usufruído mais plenamente pela população quando, no ano de 1973, o dia de Quinta-feira de Ascensão foi legalizado como feriado municipal, através da Lei n.º 263/73 de 26 de Maio.



Forcados Amadores da Chamusca - Corrida da Ascensão.

A  FESTA

A apanha da espiga, a entrada e a corrida de toiros, eram um motivo de forte regozijo entre a população, mas procurou-se criar um ambiente ainda mais festivo. Desse modo, nos anos 60, realizava-se na Chamusca a Feira da Ascensão, com o núcleo central situado no largo da República, junto ao antigo hospital e à escola primária, e que se estendia pelas ruas próximas. Era uma feira semelhante a muitas outras que se realizavam pelo país, constituída por barracas que vendiam todo o tipo de produtos e proporcionavam várias atracções e onde existiam como divertimentos as pistas de “carrinhos de choque”, o carrossel e o circo.
Apesar desta festividade e alegria que envolvia a população do concelho e muita gente oriunda de outras localidades, a feira foi perdendo interesse e teve o seu fim no início dos anos 70, voltando a vila a ficar apenas centrada nas actividades tradicionais da Quinta-feira de Ascensão.
Seria somente em 1981 que a Câmara Municipal começaria a ter um maior envolvimento na organização dos festejos, criando um concurso de montras que movimentou um grande número de comerciantes para participarem nesta acção, que colheu a satisfação de todos e que se manteve pelos anos seguintes, tendo sempre como temas a cultura, tradição e economia local.
Mais tarde, em 1986, a Câmara Municipal decidiu apostar definitivamente na Festa como elemento de desenvolvimento e divulgação do concelho, ao consagrar uma semana aos festejos, com a realização de variadas actividades, em colaboração com várias Instituições e Associações, entre as quais se salienta o extinto Centro Cultural da Chamusca, que organizava a entrada de toiros (situação que se manteve por mais alguns anos), relatando-as em directo através da Rádio Bonfim (criada em Fevereiro de 1986), que também fazia a cobertura do evento e a sua divulgação; a trazer nomes sonantes da tauromaquia à sua tertúlia taurina e a realizar, na sua sede, grandes espectáculos de fado na noite da véspera da Quinta-feira de Ascensão. Tendo chegado, inclusive, num desses espectáculos, a prestar uma homenagem à grande poetisa Chamusquense Maria Manuel Cid.


Fados no Centro Cultural, com Artur Simões, José Manuel Prestes/Manuel João Ferreira (em dueto) e José Cid.


Centro Cultural - Homenagem à Poetisa Maria Manuel Cid

Em 1990, numa lógica de crescimento da festa, a Câmara Municipal acabou por constituir uma Comissão para organizar o evento, constituída por elementos da autarquia, de várias associações do concelho, e das Juntas de Freguesia, que nesse mesmo ano viriam a ter um dia de festa dedicado especificamente a cada uma delas, com a apresentação dos seus valores na área da música, do artesanato, da gastronomia, bem como a sua identidade etnográfica, social e económica.
Nas décadas de 90 e 2000 o número de pavilhões expositores do certame passou de cerca de meia centena para mais de 100. Começaram a realizar-se as mais diversas actividades, como exposições de pintura, fotografia, coleccionismo, provas desportivas, colóquios, espectáculos de teatro, mostras de artesanato, largadas de touros, lançamentos de livros, entre outras realizações.
Este crescimento levou a que se chegassem a montar 2 ou 3 palcos, tal a profusão de espectáculos, tendo actuado na Chamusca os maiores nomes da cena musical nacional e alguns artistas de relevo no panorama internacional. A festa ganhou uma dimensão e notoriedade extraordinária, que a colocaram entre as mais significativas realizadas no Distrito, arrastando milhares de pessoas neste movimento que se manteve até meio da primeira década do ano 2000, quando a organização do evento há já alguns anos alargara a sua duração para 9 dias.
Entretanto, devido aos problemas económicos que começaram a assolar o país, a festa foi reduzindo o seu cartaz de realizações, o número de expositores e os seus dias de duração, perdendo grande parte do brilho e grandiosidade que alcançara. Apesar de tudo conseguiu resistir e chegar até aos nossos dias, com um espírito de crença na continuidade da defesa e divulgação das nossas tradições, e com o empenho e a certeza que a Semana da Ascensão continua a dignificar o nosso concelho e os seus habitantes.
Em 2014 a festa aí está de novo, regressando aos 9 dias de duração. Mais do que a sua extensão no tempo, espera-se e deseja-se que perdure a alegria, o trabalho, a dedicação, a tradição e a cordialidade dos chamusquenses, que fazem desta festa a ascensão das suas qualidades culturais, desportivas, sociais e humanas. 

VÍDEOS COM A ACTUAÇÃO DE ALGUNS MÚSICOS E CANTORES NO PALCO ASCENSÃO. 




1993 - BONGA



1993 - ORQUESTRA LIGEIRA DO EXÉRCITO



2000 -  ANJOS


2002 - JOÃO PEDRO PAIS



2002 - XUTOS & PONTAPÉS



2003 - TONY CARREIRA



                                             RUI VELOSO

Outros Olhares fotográficos sobre a FESTA.




Passagem de modelos.

Desporto


Convívio.

Passeio equestre.


Encontro motard.

Espectáculos












Agradecimento enorme a VICTOR GAGO, por todas as fotografias e pela ajuda na resolução dos vídeos.
Também para a pessoa que me cedeu todos os vídeos e que pretendeu o anonimato.
E a todos os que em Portugal e pelo Mundo acedem a este blog e aqui encontram um espaço de valorização humana, de cultura, de tradição e de Amizade.

domingo, 4 de maio de 2014

MANUEL AZEVEDO, UM GIGANTE DO BASQUETEBOL




MANUEL ANTÓNIO DOS ANJOS NETO AZEVEDO, nasceu em 07/09/1969, na freguesia de Chamusca. É uma enorme Figura do desporto da Chamusca, mas também uma grande referência do basquetebol distrital e nacional.
Ouso afirmar que sem ele o basquetebol já há muito teria terminado na Chamusca e que a modalidade neste país estaria mais pobre, pois aqui se construiu um clube que se encontra entre as 10 maiores escolas de formação do basquetebol em Portugal.
Num concelho com pouco mais de 10 mil habitantes, ter esta qualidade desportiva é algo de extraordinário e, também, um exemplo na formação educacional e humana dos mais jovens.
Foi aos 9 anos que Manuel Azevedo teve o seu primeiro contacto com o basquetebol. O gordinho sem qualquer jeito para a modalidade, devido à sua grande vontade de aprender e ao prazer do convívio desportivo, aos poucos foi aprendendo a gostar da modalidade. Em 1981 teve a sua primeira inscrição como jogador de minibasquetebol na equipa “Postes de Iluminação” e depois, durante 10 anos, passou por todos os escalões e representou as equipas da Casa do Povo da Chamusca; Grupo Juventude Chamusquense; União Desportiva da Chamusca e União de Almeirim, onde terminou a sua carreira.
Em 1987 tira o curso de monitor de basquetebol e na época de 1988/89, em simultâneo com a sua actividade de jogador, tem início a sua carreira de treinador. A partir daqui a sua vontade de aprender, de ensinar e o seu gosto pela modalidade tornam-se tão intensos que vai apostando na sua evolução ao nível da formação técnica, acabando por terminar o curso de nível 3, que é o patamar máximo para treinadores de basquetebol em Portugal.
Em simultâneo com a sua actividade de treinador acumula as funções de coordenador e dinamizador do projecto basquetebolístico na Chamusca, tendo os títulos de campeões nacionais de 3X3 (1997/98) e de iniciados masculinos (1998/99) e de vice-campeões nacionais da 2.ª divisão sénior (2002/03), sido os piques de maior sucesso.
Paralelamente, devido a esta sua grande qualidade na formação desportiva, em 1993 recebe o convite da Associação de Basquetebol de Santarém para ir treinar selecções distritais, cargo onde se mantém até hoje, tendo alcançado, na época de 2001/2002, no comando de uma equipa de cadetes masculinos, uma excelente classificação de vice-campeão nacional.
As suas qualidades haveriam ainda de merecer mais realce quando recebeu o convite para treinar uma grande equipa de nível nacional, o “Sporting Clube Marinhense”, onde esteve durante os anos de 2000 a 2002, tendo sido campeão nacional da 2.ª divisão na época de 2000/01.
Regressado ao basquetebol da Chamusca, faz parte do grupo que cria o Chamusca Basket Clube, onde se mantém até hoje, proporcionando a dezenas de jovens nas várias equipas masculinas e femininas, uma qualidade de vida a nível desportivo e de formação educacional e social que o transformam num grande exemplo no desporto.
Pelos mais de 1.000 jogadores que já treinou e pelos 25 anos de uma carreira de treinador e coordenador de basquetebol, aqui lhe deixo os meus parabéns e o desejo, sincero, que continue a sua obra.
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Manuel Azevedo encontra-se destacado e referenciado a páginas 333 a 336 da obra “Ribatejo Terra de Campeões (1982-2008)” – Editora Cosmos, 2008, da autoria do grande jornalista desportivo Carlos Arsénio.
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Quando é que começou o teu envolvimento com o basquetebol?

Tinha 9 anos quando o professor José Monteiro, que dava aulas na escola C+S da Chamusca e era Técnico da Câmara Municipal, apareceu um dia na escola primária da Chamusca convidando as crianças para, depois das aulas, irem praticar basquetebol para o pavilhão gimnodesportivo da Casa do Povo que tinha sido inaugurado recentemente, no dia 23/10/1977.
Naquela altura o único contacto que tinha com o desporto acontecia no recreio, no intervalo das aulas, em que jogávamos futebol e por eu ser gordinho me empurravam sempre para a baliza, para ser o guarda-redes.

Sentias alguma apetência para praticar basquetebol?

Não tinha qualquer jeito para o basquetebol, nem tinha qualquer referência, mas era grande a minha vontade de aprender e de conviver e por isso fui ficando ligado àquela actividade. Começámos a ter vários convívios a nível distrital, a deslocar-nos com frequência ao Colégio S. João de Brito, ao Ateneu Artístico Cartaxense e à Figueira da Foz onde os professores Francisco Tavares (outro grande dinamizador do basquetbol) e  José Monteiro possuíam muitos contactos.
Pode afirmar-se que foi desse modo que eu e a Chamusca criámos as nossas raízes no basquetebol. Em 1981 fui inscrito numa equipa de minibasquete que tinha um nome curioso e engraçado, “Postes de Iluminação”. Depois, na época 1981/82, deu-se a minha primeira inscrição como jogador federado numa equipa de iniciados da casa do Povo da Chamusca. Ali se formou também uma equipa sénior que se reunia para praticar alguns jogos, ainda sem estar ligada à competição federada.

        O seu 1.º cartão como jogador de minisbasquete da equipa "Postes de Iluminação

O cartão da sua primeira inscrição como jogador federado, no escalão de iniciados, na equipa da Casa do Povo da Chamusca.


E de um pequeno projecto a Chamusca avançou em passadas largas na modalidade!?

De facto, em pouco tempo, na década de 80 a Chamusca tornou-se um grande centro de basquetebol em termos distritais e nacionais, com equipas masculinas e femininas em quase todos os escalões. Tendo chegado, na época de 1987/88, a ter uma equipa sénior masculina na disputa do campeonato nacional da 3.ª divisão e igualmente durante um certo período uma equipa a disputar o campeonato nacional da 2.ª divisão de seniores femininos.

A equipa de seniores da Casa do Povo da Chamusca.
Em cima, da esquerda para a direita: Francisco Tavares (treinador), Adriano Cachapuz, Vítor Malaquias, Rafael Salvaterra, Valter Machado e Luís Vidal.
Em baixo, pela mesma ordem: Manuel Romão (director), Manuel Azevedo, Carlos Maia, João Sousa e João Cruz.

Uma das equipas femininas da Chamusca.

Foi este desenvolvimento que te cativou definitivamente para a modalidade?

Sim, porque com toda esta envolvência, convivência e espírito competitivo, comecei a gostar bastante do basquetebol, a não poder viver sem ele. E apesar de nunca ter passado de um jogador mediano, a verdade é que foi com entusiasmo que ainda pratiquei a modalidade durante cerca de 10 anos como jogador federado em equipas da Casa do Povo da Chamusca, do Grupo Juventude Chamusquense, do União Desportiva da Chamusca e, finalmente, no União de Almeirim, onde terminei a minha actividade, como jogador,  na época de 1990/1991.

Na equipa do União  de Almeirim (num jogo disputado no Pavilhão dos Trabalhadores, no Funchal), onde militavam mais dois jogadores da formação da Chamusca, José Santos e Paulo Oliveira.

Mas o basquetebol estava-te no sangue. Se como jogador a tua actividade teve um período curto, a de treinador significava a possibilidade de continuares a aprofundar a tua ligação à modalidade. Quando é que iniciaste essa carreira?

A minha carreira de treinador iniciou-se em simultâneo com a de jogador. Esta situação teve origem em 1987, quando o professor Francisco Tavares, que era treinador, coordenador e outro dos grandes impulsionadores do basquetebol da Chamusca, perguntou aos seus atletas, entre os quais eu me incluía, se queriam ir fazer um curso de monitores de basquetebol a Santarém. Fui um dos que aceitou a proposta e que terminaram o curso. A partir desse momento comecei a sentir um prazer ainda maior pelo jogo, que me advinha de adquirir novos conhecimentos técnicos e tácticos e também por sentir um grande prazer em ensinar. E foi assim, com toda esta motivação, que na época de 1988/89, comecei pela primeira vez a treinar uma equipa de basquetebol do escalão de infantis.

O 1.º cartão de treinador.

Os primeiros passos como treinador.

Este meu espírito de treinador tornou-se tão forte e a vontade em me desenvolver era tão grande que, em 1991, tirei o curso de treinador de nível 2 em Lisboa, e em 1994 frequentei o 1.º curso que em Portugal habilitava os treinadores para treinarem equipas profissionais. Terminei assim o curso de nível 3 que é, até hoje, o máximo patamar em Portugal para treinadores de basquetebol.

Foi essa tua forte paixão pela modalidade que impediu o seu desaparecimento na Chamusca?
Pode dizer-se isso, pois foi este meu grande interesse e gosto pelo basquetebol que permitiu que, quando os professores José Monteiro e Francisco Tavares abandonaram o basquetebol Chamusquense, no final dos anos 80, a modalidade não tivesse acabado na Chamusca. Fiquei a treinar uma equipa de infantis masculinos, que foi a única que resistiu, numa altura também da transição do basquetebol da Casa do Povo para o Grupo Juventude Chamusquense e depois com a unificação das colectividades (Sport Chamusca e Benfica; Sporting Clube Chamusquense e Grupo Juventude Chamusquense) para o União Desportiva da Chamusca. Foi essa minha esquipa a primeira a ganhar um título distrital de basquetebol no União Desportiva da Chamusca na época de 1990/91. Gostaria de realçar que neste processo de transição foi importantíssimo o trabalho de António José Costa, que serviu sempre como ponte na ligação entre os 3 clubes que representámos.

1989 - A sua equipa de infantis.

1991- A Equipa Campeã Distrital.

Pode dizer-se que é no União Desportiva da Chamusca que o Basquetebol volta a ter uma segunda vida?

No União começámos novamente a desenvolver o basquetebol na Chamusca, mas sempre em divergências devido ao futebol que era a modalidade preferida do clube. O consenso só se manteve devido não só à minha intervenção como à do António José Costa e do Dr. João Bogalho, antigo praticante da modalidade no S. Lisboa e Benfica e no Algés, chegando ele próprio a treinar equipas de basquetebol no União e a ser Presidente da Direcção do clube.
A verdade é que apesar do basquetebol ser uma secção autónoma dentro do clube, do qual apenas recebia uma verba para se ir mantendo, em finais dos anos 90 a Direcção acabaria por fazer um ultimato à nossa secção dizendo que a sua prioridade era o futebol e que o basquetebol para o clube não tinha grande significado.

Mas esse facto não impediu o grande sucesso do basquetebol da Chamusca?

Não, porque mesmo com esse estado de coisas nunca baixei os braços. Consegui treinar, coordenar e desenvolver, com sucesso, vários projectos a nível do basquetebol como foram, por exemplo, os títulos de campeão nacional de 3X3, na época de 1997/98 e campeão nacional de iniciados em 1998/1999, com o Hélder Coelho como treinador, e também o facto de termos sido vice- campeões da 2.º Divisão nacional sénior na época de 2002/2003. Isto para além de não ter havido um único ano em que não tivéssemos conquistado um título distrital e participado em várias fases finais de campeonatos nacionais.

Nunca baixar os braços, significou também lutar por novas estruturas que cativassem para a prática do basqutebol. Esta foto refere-se à requalificação, em 1992,  do espaço para a prática da modalidade no Parque Municipal.



Num jogo com o F. C. do Porto na inauguração do polidesportivo no Bairro 1.º de Maio, na Chamusca.

Campeões nacionais de 3X3. Da esquerda para a direita: João Rui Salgueiro, Tiago Lopes, Rui Tanoeiro e André Mira.

Campeões nacionais de iniciados, exibindo o troféu e de medalha ao peito.
Em cima da esquerda para a direita: Rui Oliveira, António Mendes, Tiago Lopes, Duarte Oliveira, João Tiago, Buno Dias e Rui Tanoeiro. Em baixo, pela mesma ordem, João Rui Salgueiro, Nuno Farinha, Fábio Grazina, André Mira, André Ramos e Luís Santos.

Época 1999/2000, equipa sénior campeã da Zona Centro.
Em cima, da esquerda para a direita: Paulo Oliveira, Pedro Carapeto, Nuno Bento, Nuno Inácio, Fernando Chora. Em baixo, pela mesma ordem, Mário Matos, João Ricardo, Carlos Rocha, André Romão e Bruno Santos.

Em cima, da esquerda para a direita: Paulo Oliveira, Nuno Inácio, Fernando Chora, Pedro Carapeto, Armindo Bento, Bruno Santos, António Mendes, Diogo Agostinho e o fisioterapeuta Armando Malaquias. Em baixo, pela mesma ordem, Tiago Lopes, João Tiago, Estevão Rodrigues, Luís Melrinho, João Tang e André Romão.

De destacar igualmente os imensos convites que recebemos, devido à nossa qualidade, para participarmos em inúmeros torneios, sendo de salientar os que disputámos na cidade do Porto, pois tínhamos uma excelente relação com o Futebol Clube do Porto e contávamos com o inexcedível apoio da Câmara Municipal da Chamusca e do vereador João José Bento, um grande desportista e amigo do basquetebol. 

Durante uma presença na cidade do Porto para disputarem um torneio.



De referenciar também que estivemos presentes na Ilha da Madeira na inauguração do Pavilhão do CAB Madeira, tendo participado ali em 5 torneios consecutivos e sido elogiados pelo Presidente da Região Autónoma da Madeira, João Jardim, como a única equipa continental que colheu a sua admiração, pelo seu trabalho e postura durante os torneios disputados naquela Região.

Na cidade do Funchal onde foram disputar um torneio.

Perfilados no interior do pavilhão gimnodesportivo na cidade do Funchal.

A qualidade do teu trabalho começou a ter cada vez mais visibilidade e a Associação de Basquetebol de Santarém não hesitou em convidar-te para treinares selecções distritais. Quando é que surgiu esse convite?

Foi em 1993 que recebi o primeiro convite para treinar selecções distritais e desde então, como no entender da Associação tenho desenvolvido um bom trabalho, vou mantendo a continuidade nesse cargo. Gostaria de referir que, como seleccionador distrital, alcancei o principal resultado desportivo até hoje obtido por selecções do distrito quando, na época de 2001/2002, fui vice-campeão nacional com a equipa de cadetes masculinos, da qual faziam parte os basquetebolistas chamusquenses João Tiago, Rui Tanoeiro, Bruno Dias, Luís Santos, João Rui Salgueiro, Tiago Lopes e André Mira, para além do António Mendes que jogava na Chamusca. Tinha como treinador adjunto o professor Rafael Salvaterra, natural da Chamusca e antigo jogador. Dos 12 jogadores que compunham essa selecção 8 jogavam na Chamusca, o que mostra claramente que estas selecções sempre foram maioritariamente compostas por jogadores da Chamusca devido às suas potencialidades e qualidades.

A Selecção que foi vice-campeã nacional.

Fotografias de outras selecções distritais que treinou.


A qualidade que demonstravas levou a que viessem procurar-te para treinares uma equipa de outra dimensão nacional!?

Foi um desafio e uma viragem na minha carreira de treinador, quando recebi o convite para ir treinar uma grande equipa a nível nacional: o “Sporting Clube Marinhense”. Disseram-me que o clube precisava de alguém com pulso forte e que impusesse regras, porque os jogadores mais velhos tinham uma grande influência sobre o grupo e não conseguiam obter os resultados desportivos pretendidos e ganhar qualquer título. Ali cumpri as épocas de 2000/01 e 2001/02, sendo campeão nacional da 2.ª divisão na época de 2000/01. Estas duas épocas foram as únicas na minha carreira de treinador em que deixei o basquetebol da Chamusca, no qual trabalhei sempre por dedicação, e durante as quais efectivamente recebi bastante dinheiro no basquetebol. Acabei por abandonar este projecto porque como sempre tive como prioridade que pagassem primeiro aos atletas, o dinheiro depois já não chegava para mim e ficaram a dever-me 5 meses de salário.

No final do jogo, festejando com a equipa do Sporting Clube Marinhense a conquista do campeonato nacional da 2.ª divisão diante do Pinhalnovense.
Em cima, da esquerda para a direita: João Reis (director), Rui Patrício, Mário Mendes, Barbosa, Simão Santos, Filipe Tomé, Faustino Santos, Filipe Canha e Rui (director). Em baixo, pela mesma ordem, Quim (enfermeiro), Toni, José Maia, Nelson, Manuel Pepe e Edgar.

Recebidos pelo presidente da Câmara da Marinha Grande, com a faixa de campeões.

No teu regresso ao basquetebol da Chamusca trazias novos objectivos!?

Quando regressei ao basquetebol do União Desportiva da Chamusca e como as divergências com o clube se mantinham, devido à primazia que era dada ao futebol, o principal objectivo era pôr termo àquela situação. Por isso em 2004 acabámos por criar o Chamusca Basket Clube, tendo como presidente o António José Costa, e onde eu funcionava como vice-presidente, coordenador e treinador. Não foi uma época fácil, pois como a Casa do Povo já tinha entrado em litígio com o basquetebol e não tínhamos pavilhão gimnodesportivo, na Chamusca, para efectuar treinos e jogar, fomos obrigados a deslocar-nos para poder treinar e disputar os jogos nos pavilhões de Alpiarça e de Constância. A Câmara da Chamusca é que pagava o aluguer destes pavilhões. Em Alpiarça chegou mesmo a comprar as tabelas e os marcadores. Foi também o subsídio anual atribuído pela Câmara às Associações que nos permitiu pagar as deslocações e a manutenção da equipa. Em Abril de 2007 com a inauguração do pavilhão desportivo da escola secundária passámos finalmente a desfrutar de um espaço condigno para a prática da modalidade na Chamusca.

Durante todo este processo o basquetebol teve também o condão de te despertar para o desenvolvimento académico!?

Em parte isso é verdade, mas a minha formação académica teve 2 propósitos: o primeiro prendeu-se com a necessidade pessoal de estar ligado à formação e de aprender. O segundo deveu-se ao meu objectivo de desenvolvimento pessoal, porque muitos dos que estavam ao meu redor no basquetebol eram licenciados e eu era praticamente um autodidacta. Em 1999 candidatei-me à Escola Superior de Desporto de Rio Maior e em 2004 acabei o curso. Terminei a licenciatura em “Treino Desportivo de Alto Rendimento/Ciências do Desporto” com média de 18 valores, mas como aquele é um Instituto Politécnico e esse facto parece fazer dele um curso ao alcance de qualquer um, para afastar essa ideia e também porque a nível profissional, sendo trabalhador da autarquia, onde trabalho no Gabinete de Desporto desenvolvendo actividades físicas nos jardins de infância e nas escolas do 1.º ciclo, precisava de me valorizar. Devido a essa circunstância inscrevi-me num mestrado de “Lazer e Desenvolvimento Local” na Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra, tendo-o terminado com 18 valores. Como a minha ambição em termos académicos ainda se mantém, encontro-me a frequentar o 2.º ano do doutoramento na UTAD de Trás-os-Montes.

Tens a noção de quantos jogadores já treinaste e de entre eles gostarias de referir alguns em particular?
           
     Já treinei mais de 1.000 jogadores. Dos que ajudei a formar gostaria de destacar especialmente dois, ambos da Chamusca. O Ricardo Martinho que para além de jogar no União Desportiva da Chamusca, jogou também no Sporting, no Benfica e na Portugal Telecom e foi internacional em cadetes e em juniores e  o Armindo Bento, que jogou sempre na Chamusca mas foi internacional em cadetes no Campeonato da Europa de 1998.

Com Ricardo Martinho envergando o seu equipamento de atleta do Sporting Clube de Portugal.

Acompanhado por Armindo Bento, num estágio da selecção nacional de cadetes.

É fácil treinar jovens a tornarem-se não só bons jogadores, como melhores homens e mulheres?

Dos 8 até aos 14 anos os miúdos não questionam nada. Regras, erros técnicos, tácticas. A partir dos 14 aos 19 começam a questionar-se a si próprios e ao nosso trabalho. É difícil fazê-los compreender que o caminho correcto não é a noite e o álcool. Por isso alguns deles só hoje, já adultos, compreendem o significado do que lhes dizia na altura, quando eram mais jovens.
Apesar de ter havido muitos desencontros e muitos atletas não terem continuado o seu trabalho no sentido de uma evolução desportiva, acho que valeu a pena a minha entrega e quando olho para esses homens e mulheres e os vejo realizados e com referências e ideais, fico feliz porque sei que muita dessa formação passou por mim.

Como é que foi possível manteres-te tanto tempo ligado ao basquetebol e a própria Chamusca, sendo uma Terra com poucos habitantes, ter este sucesso na modalidade ao longo de décadas?

Isso só foi possível porque tive a felicidade da minha mulher me ter apoiado sempre. Devido ao apoio que o Município da Chamusca sempre disponibilizou ao basquetebol. À adesão e participação das pessoas da Chamusca, que podem não ir ver os jogos e algumas delas nem sequer conhecerem as regras da modalidade, mas que se envolvem, ficam felizes com os nossos resultados e estão sempre disponíveis para ajudar e apoiar. Por fim temos os jogadores, os pais, familiares e muitos amigos que confiaram sempre em nós e no nosso trabalho.
Esta mística foi-se passando ao longo de gerações. O basquetebol na Chamusca é uma tradição. Não há praticamente nenhuma família que não tenha tido um elemento seu a praticar basquetebol. Por exemplo, já tivemos 6 irmãos a jogar numa mesma equipa: o André Ferreira e o João Ricardo; Nuno Bento e Armindo Bento; Tozé Rodrigues e Estevão Rodrigues.
É devido a esta conjugação de vontades, que uma pequena Terra consegue ter um Clube que está entre as 10 maiores escolas de formação de basquetebol de Portugal.
Só a título de curiosidade posso afirmar que, em apenas 100m2, oriundos dos bairros da Formiga e do Vale da Raposa, formámos jogadores com qualidade para termos duas equipas a participar a um nível elevado no basquetebol federado.

 Fotografias de várias equipas de escalões de formação que treinou.







Ainda vamos ver-te ligado ao basquetebol durante muitos anos?

Penso que sim. Contudo em Setembro fui operado à anca e já não tenho a mesma força que anteriormente mas, felizmente, começam a aparecer outras pessoas a querer agarrar este projecto. Estarei sempre disponível para colaborar, mas já não como anteriormente, por razões de saúde e também porque sinto uma certa tristeza porque, apesar de formarmos tantos jogadores de qualidade nas camadas jovens, não conseguimos criar esta mesma dinâmica a nível de seniores, o que seria muito importante para darmos uma continuidade ao nosso trabalho. Mas temos que entender que não existem na Chamusca polos universitários e empresariais que impeçam os jovens de irem à procura de melhor qualidade de vida e abandonem o basquetebol e se dispersem pelo país.


Época 2013/2014. Apesar de tudo ainda se conseguiu dar corpo a um equipa de seniores e participar na competição (Todos os jogadores que formaram esta equipa, deram os primeiros passos no basquetebol pelas mãos de Manuel Azevedo).

Que mensagem final gostarias de deixar para os visitantes do blogue?

Desejo que a população continue a apoiar o desporto na Chamusca, porque existe gente competente e com ambição à frente das Associações desportivas do concelho.

Comentários:

Luis Imaginario deixou um novo comentário na sua mensagem "MANUEL AZEVEDO, UM GIGANTE DO BASQUETEBOL": 

Mais uma vez Carlos Santos, fazes justiça a uma pessoa que tem elevado o nome da Chamusca bem alto e longe. Há carolas que têm tido ao longo da história da nossa Chamusca uma grande importância, pelo seu trabalho, esforço, mérito e competência, acho que o Manuel Azevedo é um carola da CEE (tempos modernos), acrescenta o profissionalismo ( Nivel mais elevado de treinador de Basket em Portugal ).Eu falo pelo conhecimento do que presencio, o nome do Chamusca Basket é respeitado, digo melhor impõe respeito por onde passa e isso é muito complicado de aceitar por clubes de cidades e vilas grandes, que lhes mete muita confusão como é que esta pequena terra aqui à beira Tejo consegue estar no patamar mais elevado no Distrito, eu vou tentando explicar que só existem 2 grandes razões para isso acontecer- trabalho, trabalho, trabalho e competência, isto é possivel porque existe um Manuel Azevedo, apesar de isto não ser só flores, o gajo é atravessado de corno de cabra ( sem ofensa ) e tem outro grande defeito é...........do Sporting. Por ultimo dizer a importância que tem nos nossos filhos a auto estima que sobe muito e os reflexos que tem na escola. BEM HAJAS CHAMUSCA QUEM TAIS FILHOS VAI CRIANDO. 


João Ferreira deixou um novo comentário na sua mensagem "MANUEL AZEVEDO, UM GIGANTE DO BASQUETEBOL": 

Sem dúvida, a homenagem mais que merecida a um Senhor do Basquetebol Nacional, a ele um abraço deste amigo, irmão, sobrinho, sacana e por vezes filho, abraço Manuel e relaxa nesta homenagem, pois bem fizeste para a merecer.... 


João Ribeiro deixou um novo comentário na sua mensagem "MANUEL AZEVEDO, UM GIGANTE DO BASQUETEBOL": 

É de elogiar quando, em vida se reconhece a dedicação e o caminho de um nascido, criado e apaixonado pela sua terra - Manuel Azevedo. Neste caso, o louvor à Chamusca pela justa homenagem a quem enaltece a sua vila engrandecendo o seu património desportivo. 




Carlos Guerreiro Foi com prazer que pude ler todos os seus feitos ao longo destes anos, a marca que deixou numa região e é com orgulho que posso dizer a todas as pessoas, agora e no futuro, que foi um dos poucos treinadores com eu me relacionei melhor, mesmo sendo de outra região. Finalmente vejo uma homenagem ser feita com tempo e totalmente merecida. Espero que as pessoas continuem a apoiar os seus projetos e que nos possamos ver ainda por esses pavilhões...Um grande abraço, CG.

  • Ana Isabel Azevedo Obrigado André, as saudades que eu tenho do teu tempo de menino... Momentos que não voltam mas ficam no nosso coração.

  • Andre Ferreira Ainda hoje Ana Isabel Azevedo...esta época voltei a ter 5 anos, quando este grande homem me levava pela mão para o Pavilhão da casa do povo!!! Podem chover homenagens e reconhecimentos...mas deixo aqui um apelo á gentes da Chamusca, a melhor homenagem que lhe podiam fazer era irem ao Basket, apoiarem o basket, fazerem parte do ChamuscaBasket, como roupeiros, treinadores qualquer coisa...era a única coisa que o faria feliz e descansado, assim o projecto duma vida que ele criou...continuaria por muitos e muitos mais anos!! Obrigado Mister Manuel Azevedo



  • Joao Rui Salgueiro Fantastico? Sim... Mas penso q está mais q isso.. Ta maravilhoso amigo Manuel Azevedo, 5*.. Tudo isto faz ter saudades n só a mim mas a toda gente q partilhou momentos cnsg..saudades de ir ao Porto e ganhar aquilo tudo nos mini-basket, ir ao Funchal e fazer o mesmo, ir à seleção distrital q para quem ia, era uma alegria bem grande quando o nosso nome vinha na lista dos convocados, ir para o nosso antigo pavilhão treinar para sermos campeões, todos os fins de semanas apoiarmos os mais velhos, ir de fim de semana para Portimão apenas por divertimento q tb fazia parte, ser campeão nacional q é um orgulho, nesse ano apenas perdemos 1 jogo... Levar nas orelhas para darmos tudo em campo, ganhar torneios de 3x3 quando eramos tão pequenos ao pé dos "gigantes", do Queluz,Benfica, Algés e etc.. Mas ainda hj a escola de basket da Chamusca continua a dar cartas..todos estão parabéns e obrigado por tudo é por todos os momentos que a rapaziada passou junta...

  • Ana Isabel Azevedo Parabéns Manuel Azevedo e obrigado Carlos Santos Oliveira por dares a conhecer, nesta tua rubrica os grandes valores que a Chamusca têm. Que o Basquetebol nunca morra na nossa terra, seria esta uma boa homenagem a quem tanto tem lutado para o manter e o tem desenvolvido não apenas por realização pessoal mas também em prol da Chamusca e dos seus jovens! O Basquetebol pela sua mão tem espalhado o nome da Chamusca pelo país fora.

  • Ana Isabel Azevedo Tenho muito orgulho em ti e no teu trabalho! 


  • Portuga U Proprio Obrigado Mister Manuel Azevedo.
  • Carlos Santos Oliveira
  • Joao Oliveira Parabéns pelo teu EXCELENTE contributo para com Basquetebol. Somos mais ricos por estares no Basquete. Grande Abraço AMigo Manel Azevedo.

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  • Jose Calabote É um prazer saber que continuas a realizar um excelente trabalho em prol do Basket,Um grande abraço

  • Luis Filipe Imaginario Obrigado Manel e tu também principalmente dos meus filhos, abraço

  • Nelson Varela Obrigado inesquecivel coach, por me incluires na tua brilhante carreira...


Meu Eterno Mister !
  • Filipa Salgueiro Parabéns Manuel! É de louvar todo o trabalho que tens desenvolvido para com o Basquetebol na Chamusca. Um beijinho!
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  • Jorge Adelino Pereira Soares A história de cada um é feita e momentos e pessoas. E todos os que se encontram nas esquinas da vida dão o seu contributo uns aos outros. Um abraço

  • Duarte Félix Obrigado Mister Azevedo... Para mim foi um prazer trabalharmos juntos durante anos!!




João José Bento comentou uma ligação que partilhaste.
João José escreveu: "Falar de Manuel Azevedo, é também falar de mim num percurso de há quase 25 anos, com vereador, secionista, Vice Presidente para o desporto no União da Chamusca durante bastantes anos, como jornalista, repórter, e comentador desportivo da Rádio Bonfim e RCA_ Ribatejo e finalmente como espetador assíduo do basquetebol chamusquense, no Pavilhão da Casa do Povo e no da C+S."

  • João José Bento Em 1990, o Manuel, era um jovem mas já com uma visão extraordinária sobre o futuro do basquetebol na Chamusca, sentados no muro da escola mostrou-me um progecto que tinha em mãos e que era de um alcance fantástico, talvez a 30 ou 40 anos, perguntou-me a minha opinião, eu disse-lhe Manuel, se conseguires concretizar os sonhos que tens aqui no papel, o basquetebol será a bandeira da Chamusca ao nível nacional e terás uma das melhores escolas de formação de Portugal, é preciso que tenhas quem te ajude, felizmente conseguiu encontrar dois homens que estiveram com ele muitos anos neste progecto, o António José Costa e o Dr. João Manuel Bogalho, houve também outra pessoa muito importante neste seu caminhar de 25 anos de treinador de basquetebol, a sua companheira e esposa Ana Isabel Tanoeiro, um grande pilar, que esteve anos e anos com muitos jovens atletas, foi secionista, mas essencialmente, companheira, conselheira, muitas vezes uma verdadeira mãe para os jovens atletas, nunca os deixou ficar em qualquer lado até em situações muito dificeis e complicadas.

  • João José Bento Como vereador do desporto, durante quatro anos, tive a oportunidade de apoiar e acompanhar o rápido desenvolvimento do basquetebol de formação na Chamusca, com a criação de placas desportivas para a prática do basquetebol de rua, destaco a da Quinta do Nicho, Bairro 1.º de Maio. Faço aqui referência aos celebres Torneios da Ascensão, com as melhores equipas portuguesas, a quem jogavam de igual para igual e venciam.

  • João José Bento Como secionista, assisti as grandes vitórias e campeonatos ganhos nas mais variadas categorias, mas quero destacar três momentos que me marcam, o campeonato nacional de Mini Basquete, ganho no Estádio José de Alvalade, Pavilhão do Sporting, com as melhores escolas nacionais.

  • João José Bento Os Torneios da Madeira, onde o basquetebol chamusquense deixou fama e prestigio, sendo destacado a disciplina, a postura, a maneira de estar em campo e fora das quatro linhas, num jantar na Camacha, pelo presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim e pelo responsável máximo do desporto regional da Madeira e por fim os Cem Anos do Futebol Clube do Porto, onde os chamusquenses foram convidados especiais das gentes do Norte, 2.º lugar, defrontando jogadores que foram profissionais e da seleção portuguesa, quero também fazer um destaque, o jovem Silvio Oliveira, que era e é adepto do Porto, foi agraciado com um dragão e cascol, no salão nobre, pelo vice presidente do FC Porto, para as atividades desportivas( a seguir ao Pinto da Costa)

  • João José Bento Falando de vice presidente do União da Chamusca, foi na direção a que pertenci, que foi dada autonomia ao basquetebol para gerirem a sua secção, também acompanhei de muito perto, estando presente em várias reuniões o escandaloso afastamento do basquetebol do Pavilhão da Casa do Povo, e o andar de casa às costas para Alpiarça e Constância.

  • João José Bento Como jornalista tive a oportunidade de o entrevistar em programas que foram de grande êxito ao nível distrital, o Bola ao Centro e o Campeões à Quarta, da Rádio Bonfim e RCA, mas quero aqui fazer destaque, ao titulo nacional conquistado pelo Sporting Marinhense, com relato em direto do Pavilhão de Constância, com o Manuel Azevedo a ser o treinador do Marinhense. Teve as portas abertas para entrar e foi assediado para a Liga Profissional, mas tinha obrigações com os seus filhos e com a sua companheira, a família esteve acima de tudo, ainda bem para o basquetebol chamusquense.

  • João José Bento Finalmente como adepto, simpatizante de basquete, considero o Manuel Azevedo, o treinador algo duro, impulsivo ( já está melhor) mas disciplinador e formador essencialmente de homens. Um pequeno reparo, como andei no futebol profissional, todos os treinadores que eu conheci, frouchos e sem genica, nunca ganharam nada.

  • João José Bento Por último, falo do Chamusca Basquete, ainda bem que houve a coragem de criar em 2004, este clube, porque o basquete teria tido morte anunciada na Chamusca, atualmente e 25 anos depois o basquetebol chamusquense continua vivo e a dar muito frutos, continuando a ser a bandeira da Chamusca, por este país fora. O que eu desejaria é que fossem aparecendo mais Manueis Azevedos, para o desporto chamusquense, com ideias e progetos a longo prazo. Parabéns Manuel Azevedo, obrigado pelo que aprendi contigo. Muita sorte para a tua vida profissional, familiar e desportiva. Não quero terminar sem deixar de mais uma vez elogiar o grande trabalho do Carlos Oliveira em mais este grande trabalho de recolha e investigação de mais um " Coração da Chamusca " Assim se eternizam os chamusquenses !!! Parabéns !!!
Ana Isabel Azevedo comentou uma ligação que partilhaste.
Ana Isabel escreveu: "Muito obrigado pelas suas palavras João José Bento, deixou-me completamente emocionada pela forma como descreveu o percurso do basquetebol na Chamusca principalmente pelas mãos de meu marido Manuel Azevedo. De facto tem sido um caminho árduo, mas muito muito gratificante, tenho muito orgulho no seu trabalho e pelo que fez pelo basquetebol na Chamusca. Reconheço, com um grande obrigado também a si, pela participação bastante empenhada nesta modalidade, assim como lhe agradeço o reconhecimento que fez à minha pessoa, contudo para além das imensas saudades que tenho dessas épocas faria tudo de novo com o mesmo entusiasmo e dedicação, tenho a maior parte desses "miúdos" homens em meu coração, vivemos imensas aventuras umas boa outras nem tanto, mas fomos felizes. Hoje não acompanhando tanto os nossos atletas porque a vida familiar não permite tanto sempre que posso lá estou para os apoiar e ver o seu percurso e a sua formação e é com bastante orgulho que vejo serem ali criados os nossos futuros homens e mulheres, porque no basquetebol da Chamusca não se joga só, também se educa e transmite valores que os permite integrar na sociedade como pessoas de bem. Tal como meu marido gostaria que o basquetebol permanecesse bem vivo na Chamusca pelo que espero que estes jovens assim o mantenham."



BASQUETEBOL NA CHAMUSCA/HISTORIAL EM RESULTADOS

ÉPOCA 1989/1990

1.º Lugar Torneio Abertura Infantis Masculinos
2.º Lugar Taça A B. Santarém Cadetes Masculinos
2 .º Lugar Torneio Abertura Iniciados Femininos
6 Jogadores nas Selecções Distritais

ÉPOCA 1990/1991

1.º Lugar Torneio de Abertura e Campeonato Distrital Infantis Masculinos
1.º Lugar Torneio Abertura/2.º Lugar Campeonato Distrital Iniciados Masculinos
2.º Lugar Torneio Abertura Iniciados Femininos
11 Jogadores nas Selecções Distritais

Época 1991/1992

2.º Lugar Torneio Abertura Infantis Masculinos
1.º Lugar Torneio Abertura/2.º Lugar Campeonato Distrital Iniciados Masculinos
2.º Lugar Torneio Abertura Júniores Masculinos
3.º Lugar Campeonato Distrital Cadetes Femininos
12 Jogadores nas Selecções Distritais

Época 1992/1993

1.º Lugar Torneio Abertura/2.º Lugar Campeonato Distrital Iniciados Masculinos
2.º Lugar Campeonato Distrital Cadetes Femininos
8 Jogadores nas Selecções Distritais

Época 1993/1994

1.º Lugar Torneio Abertura/ 2.º Lugar Campeonato Distrital Infantis Masculinos
2.º Lugar Torneio Abertura/2.º Lugar Campeonato Distrital Iniciados Masculinos
7 Jogadores nas Selecções Distritais

Época 1994/1995

1.º Lugar Torneio Abertura/1.º Lugar Campeonato Distrital Infantis Masculinos
2.º Lugar Torneio Abertura/1.º Lugar Campeonato Distrital Iniciados Masculinos
6 Jogadores nas Selecções Distritais

Época 1995/1996
1.º Lugar Torneio Abertura/1.º Lugar Campeonato Distrital Infantis Masculinos
2.º Lugar Torneio Abertura/3.º Lugar Campeonato Distrital Cadetes Masculinos
2.º Lugar Torneio Abertura/2.º Lugar Campeonato Distrital Júniores Masculinos
9 Jogadores nas Selecções Distritais

Época 1996/1997

1.º Lugar Campeonato Distrital Iniciados Masculinos
2.º Lugar Campeonato Distrital Cadetes Masculinos
2.º Lugar Campeonato Distrital Júniores Masculinos
10 Jogadores nas Selecções Distritais

Época 1997/1998

3.º Lugar Tor. Abertura/3.º Lugar Camp. Distrital/1.º Lugar Tor. Encerramento
Iniciados Masculinos
1.º Lugar Torneio Abertura/1.º Lugar Campeonato Distrital Cadetes Masculinos
1.º Lugar Torneio Abertura/2.º Lugar Campeonato Distrital Júniores Masculinos
9 Jogadores Selecções Distritais
1 Jogador na Selecção Nacional

Época 1998/1999

1.º Lugar Campeonato Distrital Iniciados Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Cadetes Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Júniores Masculinos
4.º Lugar Campeonato Distrital Cadetes Femininos
5.º Lugar Campeonato Nacional 2.ª Divisão Séniores Masculinos
12 Jogadores nas Selecções Distritais/2 Jogadores nas Selecções Nacionais

Época 1999/2000 – CLUBE DO ANO

1.º Lugar Campeonato Nacional Iniciados Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Iniciados Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Cadetes Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Júniores Masculinos
2.º Lugar Campeonato Distrital Cadetes Femininos
Fase Final de Séniores Masculinos – 4.º Lugar
14 Jogadores nas Selecções Distritais/3 Jogadores nas Selecções Nacionais

Época 2000/2001 – CLUBE DO ANO

1.º Lugar Campeonato Distrital Iniciados Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Cadetes Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Júniores Masculinos
Fase Final de Séniores Masculinos – 5.º Lugar
15 Jogadores nas Selecções Distritais/4 Jogadores nas Selecções Nacionais
Época 2001/2002
1.º Lugar Campeonato Distrital Cadetes Masculinos
2.º Lugar Campeonato Distrital Júniores Masculinos
5.º Lugar Campeonato Nacional Séniores Masculinos
11 Jogadores nas Selecções Distritais/5 Jogadores nas Selecções Nacionais

Época 2002/2003

1.º Lugar Campeonato Distrital Cadetes Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Júniores Masculinos
Vice-Campeões Nacionais 2.ª Divisão B Séniores Masculinos
Não houve trabalho de selecções Distritais
3 jogadores nas Selecções Nacionais

Época 2003/2004

10.º Lugar 1.ª Divisão Seniores Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Cadetes Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Júniores Masculinos
2.º Lugar Campeonato Distrital de Iniciados
12 Jogadores nas Selecções Distritais
3 jogadores nas  Selecções Nacionais

Época 2004/2005
8.º Lugar 1.ª Divisão Seniores Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Cadetes Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Júniores Masculinos
3.º Lugar Campeonato Distrital de Iniciados
6 Jogadores nas Selecções Distritais

Época 2005/2006

8.º Lugar 1.ª Divisão Seniores Masculinos
3.º Lugar Campeonato Distrital Cadetes Masculinos
2.º Lugar Campeonato Distrital Júniores Masculinos
3.º Lugar Campeonato Distrital de Iniciados
1.º Lugar Campeonato Inter-Regional Juniores A
4.º Lugar Taça Nacional Juniores A
6 Jogadores nas Selecções Distritais

Época 2006/2007

2.º Lugar CNB2 Fase Regular / 3.º Lugar na Fase Final - Seniores Masculinos
3.º Lugar Campeonato Distrital Cadetes Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Júniores A Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital de Iniciados – 2.º Lugar Inter-Regional – 5.º
Lugar Campeonato Nacional Zona Sul
6.º Lugar Campeonato Nacional Juniores A
9 Jogadores nas Selecções Distritais

Época 2007/2008

1.º Lugar CNB2 Fase Regular / 6.º Lugar na Fase Final - Seniores Masculinos
4.º Lugar Campeonato Distrital Cadetes Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital de Iniciados – 1.º Lugar Fase Inter-Regional
5.º Lugar Campeonato Nacional Iniciados Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Infantis
7 Jogadores nas Selecções Distritais

Época 2008/2009

1.º Lugar CNB2 Fase Regular / 4º Lugar na Fase Final - Seniores Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Sub 16 Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Sub 14 Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Sub 12 Masculinos
1.º Lugar Zona Centro Sul Campeonato Nacional
3.º Lugar Taça Nacional Sub 16 Masculinos
11 Jogadores nas Selecções Distritais

Época 2009/2010

2.º Lugar CNB2 Fase Regular - Seniores Masculinos
3.º Lugar Campeonato Distrital Sub 18 Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Sub 16 Masculinos
3.º Lugar Campeonato Nacional Zona Sul Sub 16 Masculinos
4.º Lugar Campeonato Distrital Sub 14 Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Sub 12 Masculinos
4.º Lugar Campeonato Distrital Sub 13 Femininas

Época 2010/2011

2.º Lugar Campeonato Distrital Sub 18 Masculinos
2.º Lugar Torneio Vale do Tejo Sub 18 Masculinos
2.º Lugar Campeonato Distrital Sub 16 Masculinos
3.º Lugar Taça Nacional Zona Sul Sub 16 Masculinos
1.º Lugar Sub 14 Masculinos
5.º Lugar Campeonato Nacional – Zona Centro Sul - Sub 14 Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Sub 12 Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Sub 13 Masculinos
5.º Lugar Campeonato Distrital Sub 12 Femininas
Prémio Prestígio atribuído pela população do Concelho e promovido pela
Agrupamento de Escolas.

Época 2011/2012
1.º Lugar Campeonato Distrital Sub 18 Masculinos
2.º Lugar Campeonato Distrital Sub 16 Masculinos
3.º Lugar Taça Nacional Zona Sul Sub 16 Masculinos
1.º Lugar Sub 14 Masculinos
5.º Lugar Campeonato Nacional – Zona Centro Sul - Sub 14 Masculinos
5.º Lugar Campeonato Disrital Sub 14 Femininas
1.º Lugar Campeonato Distrital Sub 12 Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Sub 13 Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Sub 12 Femininas

Época 2012/2013

7.º Lugar Campeonato Nacional Seniores – Zona Centro
2.º Lugar Campeonato Distrital Sub 16 Masculinos
4.º Lugar Taça Nacional Zona Sul Sub 16 Masculinos
2.º Lugar Campeonato Distrital Sub 14 Masculinos
4.º Lugar Campeonato Nacional – Zona Centro Sul - Sub 14 Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Sub 12 Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Sub 13 Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Sub 13 Femininos
1.º Lugar Campeonato Distrital Sub 12 Femininas

Época 2013/2014 (ainda a decorrer)

7.º Lugar Campeonato Nacional Seniores – Zona Centro/Sul
3.º Lugar Campeonato Distrital Sub 16 Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Sub 14 Masculinos
2.º Lugar Campeonato Nacional – Zona Centro Sul - Sub 14 Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Sub 12 Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Sub 12 Femininas
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